terça-feira, 31 de março de 2015

ETAPA 2 -CADERNO I

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ENSINO MÉDIO





Vamos refletir sobre alguns aspectos  organização do trabalho pedagógico da escola, no contexto da formação continuada do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, com o objetivo de interpretar e destacar a importância da participação dos professores e coordenadores pedagógicos nessa organização. Essa temática, além do seu significado como planejamento da organização da vida escolar em termos educacional, social e político, pode também configurar a escola como território educativo aberto aos debates democráticos. Dessa maneira, assegura à comunidade escolar o direito a voz e voto nos processos de discussão a respeito das mudanças que estão ocorrendo na sociedade e quais suas influências na escola e na educação. Nessa perspectiva, as reflexões acerca da organização do trabalho pedagógico na escola, no âmbito de um curso de formação de professores, adquirem relevância a partir de dois referenciais: o primeiro busca compreender e interpretar as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) (Resolução nº 02/2012 CNE/CEB) como diretrizes para a construção do redesenho curricular e da reescrita do Projeto Político-Pedagógico (PPP); e o segundo, fundamenta-se no princípio da gestão democrática da escola que pode ser identificado nos marcos regulatórios da Constituição Federal de 1988 e da LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) – e se concretizam na Lei nº 13.005 de 26 de junho de 2014 que aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE - 2014/2024).

Discutiremos a organização do trabalho pedagógico escolar no contexto da reorganização curricular, considerando os fundamentos das bases legais e o espaço formativo que reconfigura a tarefa de planejar, como ação deliberativa de caráter prático, capaz de produzir mudanças na realidade social existente a partir do campo de trabalho onde se atua. No tocante à tarefa de planejar, vale destacar a contribuição de Gandin (1995): 

O planejamento participativo parte de uma leitura do nosso mundo na qual é fundamental a ideia de que nossa realidade é injusta e de que essa injustiça se deve à falta de participação em todos os níveis e aspectos da atividade humana. A instauração da justiça social passa pela participação de todos no poder. [...] essa participação significa não apenas contribuir com a proposta organizada por algumas pessoas, mas representa a construção conjunta [...] significa, também, a participação no poder que é o domínio de recursos para sua própria vida, não apenas individualmente, mas grupalmente. O planejamento participativo é o modelo e a metodologia para que isso aconteça. (GANDIN, 1995, p. 28-29)

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO VI






1- A partir de sua formação — inicial e continuada — e de sua experiência docente, discuta e reflita com colegas de outra área distinta as questões abaixo (sugerimos pequenos grupos de 3 professores de áreas bastante distintas, por exemplo, Educação Física, Matemática e Sociologia): – quais têm sido os maiores desafios no campo da avaliação educacional? – qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente? campo da avaliação educacional? – qual sua concepção de avaliação e como ela se constituiu na sua trajetória docente?

2-Reflexão e Ação Em consulta ao projeto político-pedagógico e aos planos de ensino (aos quais você possa ter acesso) de sua escola, procure identificar os seguintes elementos: – Definição(ões) de avaliação da aprendizagem encontrada(s). – Quais os instrumentos e procedimentos mais utilizados. – Critérios para atribuição de notas ou conceitos e de aprovação. – Instâncias e participantes para definição da situação de cada aluno ao final do ano letivo. – Outras observações que considere relevantes para a discussão de avaliação da aprendizagem.


ATIVIDADE CADERNO 6
COLÉGIO ESTADUAL HELENA CELESTINO MAGALHÃES
Orientador de estudos: Evanylma Santos de Luna Britto  

Veja a tabela , acessando o link abaixo:







3-Após ter visto alguns dados nacionais sobre as taxas de rendimento, procure levantar os dados de sua escola e, sobre eles, observe os seguintes questionamentos: – Quais são os dados e taxas de rendimento de sua escola? – O que esses dados lhes revelam? – Como esses dados são discutidos entre os professores? – Existe, na escola, algum debate sobre eventuais relações entre as taxas de rendimento e a avaliação da aprendizagem nas disciplinas ou em algumas das disciplinas


4-Na avaliação institucional de sua escola, como têm sido abordadas as avaliações externas e como têm sido utilizados seus resultados? – Existe algum tipo de atividade voltada para essas avaliações? Como, por exemplo, organização de simulados, laboratórios ou espaços de diálogos? – Os alunos fazem comentários sobre o Enem? Se afirmativo, em que perspectiva? – A organização dos planos de ensino, de alguma forma, tem levando em conta as matrizes de referência do Enem?

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO V


1-       Com um grupo de colegas, faça um levantamento das situações em que vocês se sentiram excluídos(as) de decisões que afetam a vida da escola e o seu trabalho. Qual a origem dessa exclusão (de quem ou de onde partiu)? Quais os possíveis motivos para tal exclusão? Faça o mesmo para situações em que se sentiram incluídos(as) na tomada de decisões dessa mesma natureza. Quais os possíveis motivos dessa inclusão? Discuta com os colegas a que conclusões podem chegar a partir desse levantamento, tendo em vista a participação na gestão democrática da escola. Que posturas vocês estariam dispostos a assumir frente ao que concluíram?













2 -Junte-se a outros colegas e procure fazer um levantamento de situações vividas na escola pelos participantes do grupo que poderiam ser objeto de discussões sistemáticas e de decisões tomadas coletivamente em benefício da escola e/ ou dos envolvidos. Se esse processo de discussão e decisão coletiva não aconteceu, examine com membros do grupo as razões pelas quais isso não ocorreu. Se, ao contrário, o processo ocorreu, quais os resultados para a escola e para os envolvidos? E quais as reações dos colegas? Que sugestões esse grupo poderia oferecer para que, em novas situações ocorridas na escola, o processo de discussão e de deliberação possa acontecer?










3-  Caso sua escola não tenha constituído o Conselho Escolar, tente conseguir uma cópia das normas produzidas pela Secretaria da Educação ou pelo Conselho de Educação do Estado onde está instalada sua escola para a instalação e funcionamento dos Conselhos Escolares. Proponha a um grupo de colegas a leitura dessas normas e, particularmente, as que se re ferem aos objetivos do Conselho e aos direitos e deveres dos conselheiros. Em função disso, deliberem sobre a realização de reuniões com os demais professores e com a direção, tendo em vista a instalação do Conselho em sua escola. Caso a escola já tenha um Conselho instalado, combine com seu grupo a conversa com membros dele, tendo em vista: a) levantar decisões tomadas; b) comparar tais decisões com a prática existente na escola; c) verificar se as decisões foram tomadas democraticamente. Verifique também se há estratégias de comunicação entre os representantes e seus representados.








4-       Se existe um Grêmio Estudantil funcionando em sua escola, procure verificar como está atuando, quais os temas sobre os quais discute, que visão os integrantes têm da sua própria atuação, assim como da escola e do seu funcionamento. Converse com os integrantes do grêmio sobre como é a sua participação nos processos de discussão e decisão acerca da vida da escola, como são tomadas as decisões internamente, assim como sobre o reconhecimento que têm pela direção, pelos professores e por funcionários. Com base nesses levantamentos, a que conclusões você chega sobre a participação democrática no interior do Grêmio e sobre a participação dos jovens que o compõem nas decisões tomadas pela escola? Para ter uma ideia melhor do significado do conceito de resiliência, procure identificar, com um grupo de colegas, entre atividades propostas aos jovens pela Secretaria de Educação, quais se guiam por esse conceito. O mesmo pode ser feito com relação a problemas de moradia, de transporte, de saneamento, relatados por alunos que vivem na localidade onde se situa a escola.











5-   Tente realizar com um grupo de colegas a identificação de ações de caráter patrimonialista presentes no interior da escola ou na relação desta com os pais. 2 Faça o mesmo com exemplos concretos de “autonomia concedida” e autonomia efetiva nas escolas onde atuam. 3 Junto com um grupo de colegas, troquem e registrem suas experiências relativas à forma como os pais com que têm contato se manifestam a respeito dos três aspectos que, segundo Paro, condicionam a participação deles na vida escolar. Com base no que discutiram, proponham formas pelas quais possam ser rompidas e superadas as práticas patrimonialistas existentes na escola, assim como formas de articulação com os familiares dos alunos que ajudem a superar os condicionantes que dificultam sua participação.








 6- Você conhece o PPP de sua escola? Você sabe quando e como ele foi construído? Procure saber sobre este processo de sua escola. Procure também conhecer o seu conteúdo e, principalmente, quais são suas principais finalidades. Converse com os seus colegas sobre o PPP de sua escola e verifique se há necessidade de uma revisão ou reconstrução do dele. Como está o ambiente em sua sala de aula? Prevalece a hierarquia ou o diálogo? Os alunos têm a possibilidade de aprender e se desenvolver como cidadãos? Pense sobre isso e reflita sobre a sua postura e suas estratégias de ensino, se elas favorecem mais ao desenvolvimento de seres adestrados ou de seres reflexivos.

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO IV






NOSSAS ATIVIDADES


O Ponto De Mutação (legendado PT) - Full version



        Filme Ponto de mutação – Original: Mindwalk (1990) – roteiro de Floyd Byars e Fritjof Capra, dirigido por Bernt Amadeus Capra. Adaptação cinematográfica do livro Ponto de Mutação , do físico Fritjof Capra, que reflete sobre as problemáticas da sociedade contemporânea colocando em questão o paradigma reducionista/cartesiano — que orienta uma visão de mundo mecanicista e fragmentada — a ser vencido por novos paradigmas que possibilitem uma visão mais sistêmica da realidade humana.
        O filme é um convite para repensar não só as ciências e suas formas de produção, como também a visão fragmentada do conhecimento, praticada no cotidiano escolar.
Após assistirem ao filme, estimulados para pensar formas de promover uma visão mais integrada sobre os temas no contexto escolar, convidamos vocês para refletirem e esboçarem uma forma de trabalhar o tema “Educação Alimentar e Nutricional” de forma articulada entre os componentes curriculares. Para provocar o diálogo e dar início à atividade, leiam o texto abaixo e procurem outras fontes de informação. “Alguns elementos para se pensar a Educação Alimentar numa perspectiva Integradora” No Brasil, a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional foi regulamentada em agosto de 2010, por meio do Decreto nº 7.272. A referida legislação institui uma série de diretrizes e objetivos, que podem ser resumidos nos seguintes princípios:  promover o acesso universal à alimentação adequada:
·         Estruturar sistemas justos, de base agroecológica e sustentáveis de produção.
·         Extração, processamento e distribuição de alimentos.
·         Instituir processos permanentes de educação e capacitação em segurança alimentar e direito humanos à alimentação adequada
·         Ampliar e coordenar as ações de segurança alimentar e nutricional voltadas para povos indígenas e comunidades tradicionais
·         Fortalecer as ações de alimentação e nutrição em todos os níveis da atenção à saúde, de modo articulado às demais políticas de segurança alimentar e nutricional.
·         Promover a soberania e segurança alimentar e nutricional em âmbito internacional;
·         Promover o acesso à água para consumo humano e para a produção de alimentos (p. 15-16).
                            O ENSINO MÉDIO E A FORMA SISTÊMICA DE PENSAR
          O pensamento sistêmico é uma nova forma de abordagem que compreende o desenvolvimento humano sobre a perspectiva da complexidade, para percebê-lo, a abordagem sistêmica lança seu olhar não somente para o indivíduo isoladamente, considera também seu contexto e as relações aí estabelecidas
        No mundo moderno, cada vez mais se observa a necessidade de novas maneiras de ensinar, pensar e agir. Um entendimento a respeito da mudança vem sendo construído pelo estudo e pela experiência juntamente com o Pensamento Sistêmico, que implica numa maneira distinta de enxergar as comunidades humanas e como elas mudam de fato. Dessa forma, fica mais claro enxergar essas comunidades de uma maneira alternativa à mecanicista, onde elas surgem como organismos vivos, como sistemas humanos, essencialmente políticos e culturais, como cérebros, ou como fluxo de transformação contínua (ANDRADE et al., 2006).
      Quando desistirmos dessa ilusão (de um mundo fragmentado, sem conexão), poderemos construir as “organizações que aprendem”, organizações nas quais as pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam, onde se estimulam padrões de pensamento novos e abrangentes, a aspiração coletiva ganha liberdade e onde as pessoas aprendem continuamente a aprender juntas (SENGE, 1999, p.37).





PROJETO INTERDISCIPLINAR DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

“CONHECIMENTO E MOVIMENTO:

BONS HÁBITOS ALIMENTARES E ATIVIDADES FÍSICAS SISTEMÁTICAS: NUMA PERSPECTIVA DE VIDA SAUDÁVEL”

INTRODUÇÃO

Por entender que a alimentação adequada e saudável e a prática de atividades físicas sistemáticas são estratégias para a promoção da saúde e que esta deve ser tema na educação, o Ministério da Educação publicou no final da década de 1990 dentre os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o PCN-Saúde. O documento afirma que os conteúdos referentes à saúde devem estar presentes no currículo escolar com cunho interdisciplinar e transversal, considerando todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes que acontecem no dia-a-dia da escola, extrapolando a perspectiva meramente biológica (BRASIL, 1997).
Na perspectiva de integrar ações de alimentação e educação, outros documentos oficiais apontam para a necessidade de que a escola trabalhe o tema Alimentação e Nutrição de forma transversal e interdisciplinar, conforme preveem o Programa Saúde na Escola (PSE), instituído em 2007, o Programa Nacional de Alimentação Escolar através da Lei nº 11.947/2009 e da Resolução FNDE nº 38/2009 e a Portaria Interministerial 1.010/2006.


Veja os comentários sobre o filme:

REFLEXÃO E AÇÃO - CADERNO III



NOSSAS ATIVIDADES

1-    As decisões sobre o currículo se instituem como seleção. Na medida em que se trata de uma seleção, e que esta não é neutra, faz-se necessário clareza sobre quais critérios orientam esse processo de escolha. Promova um debate entre os professores participantes deste curso tendo como tema a seguinte questão: “Que relações existem entre o que eu ensino e o mundo do trabalho, da ciência, da tecnologia da cultura?” Registre esse debate e compartilhe as conclusões em suas redes de contato.






2-  Reconhecemos a complexidade das propostas das atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Por essa razão, propomos que se reserve um tempo para a leitura e aprofundamento: 1) Ler e analisar as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (Parecer CNE/ CEB 05/2011 e Resolução CNE/CEB nº 02/2012 disponíveis em: ; 2) Organizar uma roda de conversa com os professores da escola sobre as DCNEM. 3) Sistematização: quais as proposições que mais geraram debate? A que você atribui que tenham sido essas as questões mais polêmicas? 4) Faça o registro dessa atividade e socialize com os demais professores cursistas.







3-Leia atentamente o quadro abaixo FINALIDADES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – Propiciar o desenvolvimento físico, intelectual, social e emocional do educando, tendo em vista a construção de sua autonomia intelectual e moral; – Possibilitar o desenvolvimento das capacidades de comunicação, por meio das diferentes linguagens e das formas de expressão individual e grupal; – Incentivar o gosto pela aprendizagem, pela investigação, pelo conhecimento, pelo novo; – Exercitar o pensamento crítico, por meio do aprimoramento do raciocínio lógico, da criatividade, e da superação de desafios; – Estimular o desenvolvimento psicomotor, as habilidades física, motora e as diferentes destrezas; – Propiciar o domínio de conhecimentos científicos básicos, nas diferentes áreas, tais como: Matemática, Língua Portuguesa, História, Geografia, Biologia, Física, Química, Sociologia, Filosofia, Educação Artística e Educação Física; – Favorecer a sociabilização, isto é, a produção da identidade e da diferenciação cultural, mediante a localização de si próprio como sujeito, da participação efetiva na sociedade e da localização espaço-temporal e sociocultural. FONTE: SILVA, M. R. et al. Planejamento e trabalho coletivo. Coletânea Gestão da Escola Pública. Curitiba: UFPR, 2005. Que relações você estabelece entre essas “finalidades” e o que é praticado nas escolas, considerando sua experiência como aluno e como professor? Refletir: essas finalidades não são “disciplinares”, mas emergem da contribuição que cada disciplina, cada área, cada experiência vivida dentro e fora da escola oferece no processo formativo ao longo da vida. Em vista dessa consideração, escreva um texto no qual você evidencie as contribuições do que você ensina para o desenvolvimento da autonomia intelectual e moral de seus alunos.














4-Faça a leitura da proposta curricular  do Ensino Médio, seus sujeitos e a formação humana integral da sua escola e do componente curricular em que você atua presente nessa proposta. 2. Organize uma roda de diálogo com os jovens alunos da escola e com seus colegas professores; – sobre o currículo da escola; sobre o currículo vivido por estes alunos; sobre o sentido do conhecimento escolar, das experiências vividas mediadas por esse conhecimento e sobre a necessidade de outros conhecimentos e abordagens; conduza de modo a fazer emergir propostas, sugestões de outros encaminhamentos para o currículo, para as disciplinas e para outros arranjos curriculares, considerando as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia. 3. Sistematize as conclusões e socialize seus registros em redes virtuais interativas.






CURRÍCULO VIVO UMA PROPOSTA PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA
COLÉGIO ESTADUAL HELENA CELESTINO MAGALHÃES

O currículo oferece um conjunto de diretrizes que norteiam e sistematizam para o processo ensino-aprendizagem. No entanto, o currículo deve ser compreendido em seu sentido global, o qual é composto por muito mais do que intenções e orientações pedagógicas. O currículo engloba diferentes formas de pensamento e de conhecimento, transcende os muros da escola, se faz presente na dimensão do aqui agora, mas carrega uma constituição histórica, ao mesmo tempo em que projeta a atividade/aprendizagem escolar para o futuro, com suas intenções.
Com o olhar sobre essa colocação sobre currículo escolar, os professores do Colégio Estadual Helena Celestino Magalhães juntamente com os alunos do Ensino Médio discutiram sobre o currículo de um modo geral, se apropriando do conceito de currículo e sua construção ao longo da Educação Brasileira.
Os alunos durante as discussões expressaram o interesse em fazer do currículo da nossa escola um currículo vivo, dinâmico, flexível e que dialogue com o dia-a-dia. Nossos alunos querem um currículo onde teoria e prática tenham uma relação.
Essa discussão não terminou, esse primeiro momento foi uma introdução a uma série de outras discussões sobre esse tema.     


Evanylma Santos de Luna Britto – Orientadora de Estudo
Professores Participantes do Pacto pelo Ensino Médio
Alunos do Ensino Médio         

REFLEXÃO E AÇÃO -CADERNO II





1-Iniciamos nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes? Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje? Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão tão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes? E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo? Por exemplo, você pode elaborar mapas das identidades culturais juvenis do bairro; redigir cartas aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles
e elas que estudam e vivem a escola? Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.









2-As pesquisas apontam que uma das coisas que os jovens mais fazem na internet é conversar. E que tal propor um diálogo com os estudantes na escola sobre as conversas na internet? Será que o que se conversa pela internet tem“menos valor ou importância do que aquilo que se diz presencialmente? O que os jovens de sua escola diriam? Vamos tentar este papo como um exercício de aproximação com os estudantes? Professor, professora, sua escola está também aberta para o diálogo com as culturas juvenis que envolvem os jovens fora da escola? Que tal promover um diálogo sobre a questão, após assistir ao documentário O desafio do passinho: uma for ma de expressão corporal e sociocultural? Ele está disponível no site: <http://www.emdialogo.uff. br/content/o-desafio-do-passinho-uma-formade- expressao-corporal-e-sociocultural>. 












3-E nós, professores e professoras, como podemos ser parceiros e coconstrutores de projetos para o futuro dos jovens e das jovens estudantes? Que tal buscarmos estratégias metodológicas para que os estudantes falem de si no presente e de seus projetos de vida futura? Uma troca de correspondência entre os estudantes com a mediação docente pode abrir a possibilidade para o diálogo sobre as expectativas juvenis frente a vida. Da mesma forma, e pensando no presente de muitos jovens trabalhadores, tente também saber: quantos estudantes trabalham em suas turmas; que trabalho realizam; quais trabalhos já fizeram; sob quais condições; se foram feitos com segurança e proteção ou em condições de exploração e desproteção. Seus estudantes têm consciência de seus direitos de trabalhadores e trabalhadoras? Não trabalham, mas pensamem trabalhar ainda durante o tempo de escola?Que tal abrir um diálogo com eles sobre essas e outras questões?E se todos os professores e professorasse perguntassem sobre o que os jovens e as jovens estudantes pensam e sentem sobre a escola de Ensino Médio? Seria possível surgirem desta abertura à escuta e ao diálogo alternativas para a superação dos crônicos problemas de relacionamentos e realização da vida escolar que afetam o cotidiano de muitas escolas?O gênero carta pode ser uma boa alternativa para a abertura do diálogo com os jovens estudantes. Que tal então produzir coletivamente uma carta dos professores e professoras endereçada ao jovem estudante de sua escola?Esta carta coletiva pode ser afixada num mural,entregue a cada um dos estudantes ou mesmo ser publicada na internet. Acesse no Portal EM diálogo a carta ao jovem estudante elaborada coletivamente por professores do estado do Ceará:<http://www.emdialogo.uff.br/content/cartaao-jovem-estudante>.